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86400 segundos/dia em busca de respostas. ignorance is bliss

Céu

|Hoje o céu acordou com um ar sem graça. Cinza. Sem vontade de cantar uma bela canção.
No caminho para o curso, olhei para cima para saudá-lo. Mas logo percebi que ele não estava com um humor tão amigável.
|Me perguntei: "Cadê o maravilhoso céu de Brasília? Será que é o mesmo? Será que esse céu já passou por outros lugares?"
|O céu estava triste. Tirei minhas próprias conclusões de que, se ele passou por outros lugares, não gostou muito do que viu.

||Quem sabe ele não veio do Rio de Janeiro, onde mães choram ao verem seus filhos entregues ao tráfico e sua criminalidade? Onde o sistema de transporte coletivo não corresponde à demanda de cidadãos trabalhadores, conduzindo-os à rebeliões e à destruição do bem público?
||Quem sabe ele não veio de Santa Catarina, onde pessoas se encontram desabrigadas, abstidas de tudo aquilo que levaram anos para construir, e que em poucas horas chuva e vento, enfurecidos, destruíram?
||Quem sabe ele não veio do Norte, onde o ribeirinho ainda não vai à escola, sua comida é pobre e contaminada, a mortalidade infantil ainda é comum e o sistema de saúde é precário?
||Quem sabe ele não veio da Bahia, onde os professores, detentores e construtores do saber, se mostram adeptos à pornografia explícita e, não o bastante, "ensinam" a crianças da faixa de quatro anos a prática sexual, querendo ainda a razão que justifique o alto índice de gravidez na adolescência?

|É, acho que sei o porquê do céu estar assim. E também sei o que ele veio fazer aqui em Brasília.

-Ele veio tirar satisfações.



Observações: http://www.youtube.com/watch?v=2JOlJAry8uE

Às vezes é preciso cair da cadeira

O orgulho contamina. E como. É incrível como ele pode mudar a realidade de cada cápsula que o envolve – o ser humano.
Se alguém não ceder, ceder para a humildade, a situação vai atingindo estágios mais fatídicos, levando um relacionamento, seja de qualquer ordem, a pesarosas segregações.

Um caso muito hilário, de manifestações orgulhosas, foi o que vivi por volta de um ano atrás...

Estava eu e meu Digníssimo em mais uma esporádica discussão (vulgo DR). Para variar, não me lembro os motivos postos em pauta, mas me recordo que foram ‘feios’. Um fato importante, é que os dois estavam errados. Tudo por causa dos pormenores inclusos na situação.
Quando aborrecida, virei as costas e recorri ao computador, para conseguir alguma distração (e atenção). Mas, como nem toda atuação alcança a credibilidade do público, me sentei de um modo tão teatral na cadeira (já velha, coitada), que conquistei um tombo hollywoodiano.
Constrangida por ser desmoralizada por aquela cadeirinha infame, olhei para o Digníssimo com os bochechões rosados. Ele, por sua vez não agüentou: soltou aquela gargalhada maquiavélica. O que, por ‘increça que parível’ serviu de grande ajuda. Ele estendeu a mão e me reergueu.

Pois é, em 99% dos casos, descer do salto tem um valor indispensável para a resolução de um problema que implica o orgulho de ambas as partes.
O modo de chegar à concórdia pode ser proposital ou, como no caso, não-intencional.
Mas mesmo que tenha por conseqüência uma poupança dolorida e uma cadeira quebrada, o esforço traz resultados satisfatórios.

Enjoy it!

P.S.: Devo revelar minha eterna indignação às novas regras ortográficas. Até 2012, seguirei feliz errando, mesmo sabendo que originalmente estou certa.

quantos anos cabem em 365 dias?

e foi caverna e foi luz e foi luto e foi luta e foi corpo velado e foi sorriso velado e foi vela no bolo e outra no caixão e mais uma, e mai...