Quem sou eu
Gripe
Hoje no Café eu vou de chá
Hoje meu drops é pastilha de menta
Meu tira-gosto é o gosto amargo do anti-inflamatório
Para acompanhar, anti-alérgicos
Para adoçar, mel e própolis
Do guardanapo, escolho o lenço
Do silêncio, a tosse
Da inspiração, espirros
Para testar a gentileza humana, "saúde!"
Para o apelo divino, "amém!"
A trilha sonora... Compassos melódicos entre fungadas e pigarros
Para o corpo, a nova estação
Que com o clima não tem harmonia
Para o poeta, o ócio
Que até na gripe vê poesia.
LT
25/04/2013
De volta à rotina
Hoje quando acordei do velho travesseiro
Com o som do velho despertador
Lavando o rosto com a mesma água fria
Vi que voltei à rotina do bocejo e das olheiras
Quando vesti a velha calça jeans
Quando pus na bolsa os velhos livros
E ajustei o relógio ao horário local
Voltei à rotina do passo apressado e dos ombros doídos
Aí entrei no velho carro
Peguei a linha do velho ônibus
Cheguei na velha Universidade
Tomei o [bom e] velho café com biscoitos
E vi que voltei à rotina da azia e má digestão
Foi quando os velhos mosquitos me deram as boas-vindas
Bati o joelho na quina do velho banco
Por causa dos que passavam, calei meu "ai"
E quando peguei o caderno e a caneta
Percebi que voltara à rotina dos roxos, picadas e silêncio exprimidos nos rabiscos
E quando vi o céu coberto de neblina no Norte
E o céu azul sem nuvens no Sul
Quando vesti o casaco há minutos atrás
E senti calor na meia hora seguinte
Quando percebo que o céu começa a se anuviar
E encontro-me sem guarda-chuva
Vejo que voltei à rotina da incerteza
Olho pra carteira, o dinheiro é novo
Conto o troco do café
Faço contas na agenda
Retomo as velhas transações bancárias
E percebo que retorno à rotina do racionamento
Avisto então as velhas pessoas
As que cumprimentam por educação,
As que fingem que não vêem,
As que têm sorrisos sinceros,
As que desconhecem o sorrir
E então reconheço a rotina das convenções sociais
Quando olho para as paredes
E as comparo com as que vi dias atrás
Quando bebo meu café
E o comparo ao gosto que senti em outra longitude
Quando cumprimento as pessoas
E as comparo com os rostos novos de outra latitude
Percebo que voltei à rotina da nostalgia
E quando penso em voltar
Quando penso em beber o tal café
E rever as novas pessoas
Quando me imagino naquela estação
Esperando novamente pelo trem do destino
Quando olho pro que vivo e lembro-me de que pode haver mais
Enfim percebo que voltei à rotina dos sonhos
Enfim percebo que voltei à rotina de ser eu.
Com o som do velho despertador
Lavando o rosto com a mesma água fria
Vi que voltei à rotina do bocejo e das olheiras
Quando vesti a velha calça jeans
Quando pus na bolsa os velhos livros
E ajustei o relógio ao horário local
Voltei à rotina do passo apressado e dos ombros doídos
Aí entrei no velho carro
Peguei a linha do velho ônibus
Cheguei na velha Universidade
Tomei o [bom e] velho café com biscoitos
E vi que voltei à rotina da azia e má digestão
Foi quando os velhos mosquitos me deram as boas-vindas
Bati o joelho na quina do velho banco
Por causa dos que passavam, calei meu "ai"
E quando peguei o caderno e a caneta
Percebi que voltara à rotina dos roxos, picadas e silêncio exprimidos nos rabiscos
E quando vi o céu coberto de neblina no Norte
E o céu azul sem nuvens no Sul
Quando vesti o casaco há minutos atrás
E senti calor na meia hora seguinte
Quando percebo que o céu começa a se anuviar
E encontro-me sem guarda-chuva
Vejo que voltei à rotina da incerteza
Olho pra carteira, o dinheiro é novo
Conto o troco do café
Faço contas na agenda
Retomo as velhas transações bancárias
E percebo que retorno à rotina do racionamento
Avisto então as velhas pessoas
As que cumprimentam por educação,
As que fingem que não vêem,
As que têm sorrisos sinceros,
As que desconhecem o sorrir
E então reconheço a rotina das convenções sociais
Quando olho para as paredes
E as comparo com as que vi dias atrás
Quando bebo meu café
E o comparo ao gosto que senti em outra longitude
Quando cumprimento as pessoas
E as comparo com os rostos novos de outra latitude
Percebo que voltei à rotina da nostalgia
E quando penso em voltar
Quando penso em beber o tal café
E rever as novas pessoas
Quando me imagino naquela estação
Esperando novamente pelo trem do destino
Quando olho pro que vivo e lembro-me de que pode haver mais
Enfim percebo que voltei à rotina dos sonhos
Enfim percebo que voltei à rotina de ser eu.
Assinar:
Postagens (Atom)
quantos anos cabem em 365 dias?
e foi caverna e foi luz e foi luto e foi luta e foi corpo velado e foi sorriso velado e foi vela no bolo e outra no caixão e mais uma, e mai...
-
Anterior aos atos de falar, andar, comer e utilizar objetos, o ser humano pensou. A essa atitude, pode-se atribuir o título de grande precur...
-
vou sentar e esperar. a fervura leva tempo, mas não deixe ebulir. água a temperatura ideal, noventa graus, escalde o filtro. moa o grão, que...
-
e foi caverna e foi luz e foi luto e foi luta e foi corpo velado e foi sorriso velado e foi vela no bolo e outra no caixão e mais uma, e mai...