Quem sou eu

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86400 segundos/dia em busca de respostas. ignorance is bliss

contradições

Esse post é uma resposta a este aqui.
______________________________________25/03/14____________________________

Uma vez eu disse não querer
Afirmei com veemência o mal-te-quero
Não digo que mudei de ideia
Mas digo que me rendi.
Não dispondo da bússola mágica que nos aponta ao certo
Resolvi pegar o rumo duvidoso
Ignorar as estrelas que me fascinam
-Ah, me esqueci do cruzeiro do sul
E entrei de gaiata no navio
Para cumprir um sonho indireto
Com teorias diretas
Num dossiê de indiretas
O qual tenho de me adestrar a compreender - e elaborar.
Questiono o preço da felicidade
E se o esforço tem valor
Peço direção a estranhos
A fim de não me perder no mar de gente
Nesse cardume acelerado e ritmado
Do qual eu tento fazer parte
Mesmo que com pequenas barbatanas
E as brânquias gastas
Tomo gosto pelo café,
Outrora um aliado, agora passa a ser elemento essencial para o cumprimento de minhas funções intelectuais - e motoras
Tento limpar as pedras que eu enxergo no caminho,
Provando que é possível a travessia,
No entanto falho em achar a vassoura.
Ou está muito bem escondida - atrás da porta, suponho, espantando visitas - ou está em mãos alheias, expulsando as pedreiras dos deles e ajuntando-as no meu [caminho].
E não entendo essa dinâmica velociráptica dessa vida TITULAR.
Um dia eu desdenhei, como quem prova o fel após um cozido de jiló, jurei de pé junto que jamais o faria, mas no conflitante contexto dos desprovidos de bússola, dos desprovidos de berço, dos desprovidos de capim a dar aos burros, vejo-me sem escolha, a não ser mergulhar de cabeça, cair fundo nesse mar - esse mar de gente titulada.
Disse que não te queria
Disse que não queria teu café
Disse que não queria gastar os olhos
Disse que não queria atrofiar os punhos
Disse que não queria um título
Disse que não queria crachá,
Placa dourada na porta,
Noites mal dormidas
e-mails a responder
Disse que não te queria - de jeito nenhum!
Disse que não queria ser doutora
Sem antes ser doutora de mim.
Mergulhei no mar. Mergulhei no teu mar.
E o que eu espero no final é apenas isso, ACADEMIA:
Que eu consiga chegar à superfície...
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feriado diferente esse. não vou à igreja, a retiro nenhum. sem rituais, mandingas, procissões e romarias. sem penitências. afinal, que tipo de cristã seria eu? também não comprei chocolates [não pelo não-querer] - então não me enquadro também no núcleo dos que votam em branco. pelo contrário - reflito.

penso sim no sacrifício, penso na loucura que é, que foi e tem sido. por um instante, lembro-me das artes em vitrais nas capelas, catedrais, basílicas, nessa arte que representa o sofrer e o provoca em quem olha. aquelas imagens dos artistas da tal arte sacra, da cruz pesando no dorso do pobre homem de barbas longas e escuras. nesse momento, numa fração de segundo, o vitral se quebra e me fere, e dói.

a coroa de espinhos que atravessavam-lhe a pele faz jorrar o líquido carmesim. ele não jorra, afinal, ele escorre, lentamente, caindo-lhe por sobre os olhos, a boca e pescoço. e então, olho para a palma de minha mão, tão alva e ao mesmo tempo demarcada em territórios, perpassados por linhas tortas arroxeadas e verdes e azuis - e pelo sinal de nascença que a distingue da destra que escreve. imagino um prego enferrujado perfurando-me, lentamente, penetrando e violando camada por camada, tecido a tecido, revelando a ponta afiada no lado oposto em que pousam as unhas. de pensar nisso, me dói. penso no sangue que me escorreria, nas doenças se alastrando do prego para meu corpo.

olho para os meus pés, tamanho 34, tão incoerentes, na sua cor arroxeada de tanto sustentar-me o peso, e os imagino, cruzados, unidos por outro cravo sujo e enferrujado. sinto, por um instante, um formigamento se agitar nas veias, como se abrissem o caminho para a invasão de seu algoz. as marteladas quebram-lhe os ossos, trincando, esmagando, colando-os no madeiro. cedro, carvalho, de que será? - não importa a qualidade do material.
meu corpo não suportaria tamanha violência. questiono-me da capacidade do ser humano de sobreviver à dor [à dor, não ao ferimento, este sim, que o mata].

"por que não desces da cruz, tu, que também és Deus?"

imagino-me [e me recordo] ouvindo alguns insultos, minha reação imediata: os dentes rangem, a mandíbula estala, o punho cerra em resposta. as veias saltam nas têmporas, o olho começa a encher. a pele branca revela a cor do sangue. e, quase sempre, as frases mais imundas vão passando entre os dentes.

"Ele, porém, não abriu a boca, como um cordeiro (...)"

eu reconheço que não serviria para essa missão, eu, por que eu, eu que não sou santa e às vezes nem humana?

a loucura da cruz - a loucura do homem que morre pela humanidade, esta que se mata e lhe nega... ironia.
a loucura de quem crê, quem crê que um homem passou pela terra sem pecar, e era Deus, e era meu irmão, amigo, pai, conselheiro e o caminho e a verdade e a vida.
essas loucuras que existem para confundir as coisas sábias...
planos de um Deus que tudo pode e tudo sabe e em todo lugar está.

milhões de fiéis hoje se reúnem; comem peixe, beijam a cruz, partem o pão asmo. uns leem a bíblia, a torá. uns celebram a vitória sobre o egito, outros a vitória sobre a cruz. e tem a menina que fica a observar tudo isso e a sofrer dores que não lhe pertencem, só para tentar entender os mistérios dessa passagem.

não nasci para morrer na cruz
nasci por que alguém o quis fazer
alguém a quem negligencio, muitas vezes, tentando entender a sabedoria dos homens lógicos.

não há como evitar o pesar no peito e o bolo na garganta ao pensar nessa data. em quem me fala e faz acordar todos os dias, me fazendo lembrar de que é melhor viver com essa loucura... 
não compete a mim sentir essa dor; tudo já foi feito.

"está consumado".

nessa sexta feira da Paixão, Ele me ensina sobre o Amor.


Desafio do ano: #umafrasepordia - As 100 primeiras

De 1/1/14 a 10/4/14
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#1 - a vida: um recomeço a cada 365 dias.
#2 - engolindo a seco a noção de solidão.
#3 - como é amarga e doce a sensação de que o futuro ainda está longe.
#4 - suspirar, sorrir e aceitar: viver tudo o que há pra viver; permitir-se!
#5 - domingos estão para a semana assim como a vida terrena para a vida eterna: o começo reside no fim.
#6 - a ilusão de que girar o relógio ao contrário vai mudar o presente.
#7 - no sétimo dia Deus descansou. E logo em seguida foi trabalhar outra vez.
#8 - o oito é um infinito sóbrio.
#9 - e quando eu fiz a prova dos nove, apercebi-me da minha dificuldade com os cálculos.
#10 - sempre haverá alegria por trás de uma sexta-feira.
#11 - às vezes temos o dobro de talento... mas só os simples são os primeiros.
#12 - às vezes chove no dia de sol.
#13 - se superstições fosses relevantes, a minha comida teria muito menos tempero.
#14 - a ilusão de vestir roupas que não são suas, para ir a um lugar que não é seu, para ser quem não lhe pertence.
#15 - quando uma fenda se abre e surge a incerteza do melhor lado a se escolher.
#16 - por o pé no chão e sentir que a terra dali é que te pertence.
#17 - experimentar o amor na pequeneza de um gesto - e perceber que existe a sorte.
#18 - o amor é uma flor roxa: com a falta de cuidado, vai-se o colibri. / lágrimas salgadas temperam o rosto para o banquete da sina.
#19 - todo dia é dia do Senhor. até quando não se vai à igreja.
#20 - as palavras: por ora fogem da possibilidade de sofrer a materialização dos devaneios.
#21 - o sono beijou-me as pálpebras antes que eu pudesse ajeitar o pescoço. acordei traída e com torcicolo.
#22 - boa ação do dia [que pode servir para toda vida]: alugar os ouvidos sem cobrar.
#23 - deixar a música ocupar os quartos vagos e te levar à sala para dançar.
#24 - lançar-se nos braços do amor... sem medir consequências... e deixar-se viver!
#25 - paciência, temperança, e alguns tapas na cara...
#26 - inspira. expira. o descontrole pode te deixar sem ar. e lhe custar um pneu furado.
#27 - somos tão escravos da inércia e do dinheiro e da falta dele e o senhor supremo sempre será... o orgulho!
#28 - aproveitar cada segundo como se fosse amenizar a saudade.
#29 - estender a mão ainda que não exista o alcance.
#30 - os sacrifícios por amor se iniciam pelos lábios.
#31 - a velha e intraduzível sensação do bittersweet. mas que vale a pena sofrê-la.
#32 - Bliss: ter a certeza de que está no lugar certo.
#33 - salgadas são as lágrimas. amarga a saudade. azeda a distância. doces as lembranças...
#34 - lavar o rosto e encarar os desafios da REALIDADE.
#35 - nós traçamos nosso caminho. vem a vida e muda todas as rotas.
#36 - crer que o futuro existe; entender que nele não cabe nossa vã cronologia.
#37 - perceber que nós somos os primeiros a girar a chave do que nos aprisiona.
#38 - nada pior do que sair na sexta-feira e perceber que não deixou a jaula em casa.
#39 - existem coisas piores que a solidão. não poder escolhê-la é uma delas.
#40 - na casa de Deus/ na casa de Deus eu encontro paz/ na casa de Deus eu encontro segurança/ na casa de Deus eu encontro veias e artérias/ tecidos e órgãos/ células infinitas/ e um coração/ onde Ele habita.
#41 - a serviço da distância estão meus lábios cerrados, meus sonhos guardados, meu tesouro velado, meus olhos cansados e um coração apertado.
#42 - o requisito básico para ir a um bom café é a ausência de relógios. se estiver com a agenda apertada e tiver vontade de parar para um café, eis meu conselho: não o faça.
#43 - observar os aviões e esperar a sua vez de voar.
#44 - perseverança e persistência permanecem/ medo e morbidez perecem.
#45 - a união faz a força. a solidão faz a forca.
#46 - "tenho vida, alegria em todo tempo/ tenho amigos, família, muitos irmãos/ foi Jesus, o amigo verdadeiro/ que fez tudo ao me dar a salvação" - Gratidão.
#47 - o amor sempre sendo a mola-mestra que nos força a estender a mão...
#48 - sabendo que não tinha tempo, foi lá e nem fez...
#49 - toda a dor que a ciência provoca por não haver teletransporte.
#50 - entrando em milhares de labirintos para tentar se encontrar.
#51 - férias que se resumem ao nada.
#52 - toda dor que uma mudança de planos pode causar.
#53 - sentir-se um peixe fora d'água... e depois pensar que a vida é melhor fora do aquário...
#54 - perceber que ceder às aversões pode ser agradável
#55 - aos poucos entender que o regime de rancor é um auto-flagelo. e ficar feliz com a existência da cura.
#56 - e aí você descobre que é alérgica à ansiedade.
#57 - indignada: até na família mais moderna reina quieto o provincianismo.
#58 - todos os sacrifícios pelo bem das amizades valerão a pena.
#59 - saudade, nostalgia, incertezas... aperitivos para o banquete da loucura.
#60 - bem. apenas bem. sabendo que ser apenas bom e estar apenas bem não é boa coisa.
#61 - imaginando todos os possíveis lugares para estar e escolhendo o mais inerte deles.
#62 - quando e somente quando amamos uma segunda-feira.
#63 - o triste sabor de estar em casa e não se sentir em casa...
#64 - lançando sortes percebi que sou melhor lançando temas de amor.
#65 - nada pior do que ser senhor da própria escravidão...
#66 - por menores que sejam, as pequenas janelinhas que se abrem na nossa masmorra trazem luz suficiente na falta de esperança.
#67 - "não há melhor lugar que o nosso lar. não há lugar como nosso lar". mais uma vez: "não há lugar como nosso lar". não entendi!? "não há lugar como o nosso lar. não há lugar..."
#68 - família, família. o início, o fim e o meio. de onde mais corremos, para onde mais recorremos.
#69 - stresses e conflitos fisiológicos para lembrar-nos de que estamos vivos.
#70 - dos males, as malas por fazer...
#71 - respirar novos ares aspirando novos pensares.
#72 - "vão-se os anéis, ficam os dedos..." que sorte tenho por ter dedos!
#73 - chuva para molhar a cidade/ chuva para afogar os planos na vontade...
#74 - conhecer novos lugares; me livrar de alguns pesares; respirar Buenos Aires.
#75 - a força da luz, uma vez enfraquecida, requer de nós todo esforço que, por nós, dela é requerido.
#76 - aquele jet lag que dá quando pousamos na realidade.
#77 - o último dia e a agonia de não saber quando virá a próxima calmaria.
#78 - o primeiro dia do turbilhão de inconstâncias e incertezas.
#79 - respira, inspira. mentaliza. toma um gole, conversa com os amigos. chora pela incerteza. mas sorri.
#80 - ver o quanto pode sair quando abrimos a nossa caixa de Pandora particular.
#81 - inércia perseguindo-me nesse mundo astrofísico/ a gravidade da preguiça me puxando para o centro/ adiantando meu relógio/ atrasando minha vida.
#82 - onde estou e para onde vou // são questões que a mim me competem // mas que necessariamente não sei quais respostas.
#83 - ignorância: uma dádiva...
#84 - filmes que tocam e atiçam, aguçam, inquietam. filmes que traduzem a vida.
#85 - terror e pânico: reabrir sua vida de braços e pernas cruzados. e perceber: nem tudo é tão profissional quanto parece...
#86 - perceber na vida e no dia-a-dia as mil e uma maneiras de estender a mão.
#87 - Bliss: olhar em volta/ olhar pra trás/ olhar pra frente... Puxa. Eu sou feliz.
#88 - na falta de uma companhia, sou mais marcar um encontro comigo mesma.
#89 - atirar cento e poucas flechas para ver se uma a gente acerta...
#90 - adultério: em um relacionamento aberto com a inércia; flertando com a inconstância; dormindo com a incerteza.
#91 - between a white lie and a "black" true, I choose a gray silence.
#92 - reencontros/ sabores/ prefiro desencontros/ do que falsos rumores.
#93 - a chuva/ a agenda/ os prazos/ as perdas/ os ganhos/ os desabafos/ a vida...
#94 - cada um sabe a dor do juízo perdido/ da palavra ignorada/ do paladar impedido/ da saudade acumulada.
#95 - todo mundo espera uma coisa boa de um sábado a noite. em caso de dor de dente, as possibilidades são remotas.
#96 - eu chorando/ você sorrindo/ seria angustiante/ se hoje não fosse domingo.
#97 - imaturidade inacreditável/ imbecilidade inimaginável/ paciência insustentável
#98 - de volta à rotina das olheiras/ retomando a amizade com a madrugada/ já no início da jornada.
#99 - quando quiser falar com Deus, faça-o como quiser. Apenas use o coração, Gil...
#100 - aí chega um momento em que você liga o "I don't care" e desliga o cérebro for the sake of inner peace...
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H. (4ª versão)

Havia dezessete gatos vivendo no apartamento de H. Oito deles dormiam na sacada, junto aos vasos de violetas mofadas e à rede de malha branca. Eles brincavam com as gotas que caíam do toldo azul que protegia a sacada e, por vezes, seus arranhões na lona davam vasão a novas goteiras. H. não se zangava. Em noites de chuva, aproveitava a artimanha dos gatos e punha as violetas para molhar. Mas não chove tem 52 dias. Quando as gotas aparecem, são da vizinha de cima que lava sua sacada religiosamente às sextas-feiras.
Cinco gatos dormem na sala de estar. O sofá amarelo já sujo e rasgado, vítima das unhas afiadas dos bichanos inquietos, confere à sala um ar melancólico – lembra-lhe sua mãe. Escolhera a cor amarela para o sofá porque dizem que amarelo alegra o ambiente. Para H., no entanto, essa teoria não funcionou. No raque mogno, uma velha TV quebrada. Um vaso solitário comporta uma rosa de plástico. O tapete de H., já com falhas e rasgões, foi encontrado no quarto dos fundos da floricultura onde trabalha. Infelizmente, não combina muito com o sofá, mas dá para o gasto. Agora, os buracos no tapete são bem preenchidos com pelo de gato. H. não se importa em limpar, uma vez que não é alérgica.
Dois gatos de H. gostam do banheiro. É lá também que H. coloca a caixa de areia deles. Parece ser um tanto inconveniente, mas H. não se importa em dividir o espaço de sua higiene com seus bichanos. Os azulejos são originais, lembram um pouco a arte portuguesa, reunindo pinceladas de azul royal com o amarelo ocre. Enquanto escova os dentes de fronte ao espelho enferrujado, H. gosta de imaginar rostos nas manchas dos azulejos. Até agora, cinquenta e sete rostos estão presos nas paredes. E os gatos ronronam na banheira. Banheira que, a propósito, H. nunca usou – e nem tem interesse. Teme que algum dia possa ali ser encontrada já sem vida, como sua tia Margot. É por isso que a cortina da banheira é listrada de verde.
Por fim, os outros dois gatos que restaram, como já se pode imaginar, dividem a cama de casal de H. Feita com madeira-de-lei, a cama foi um achado da loja de móveis usados perto do cemitério. Dizia o vendedor que pertencia a um rico barão de São Bartolomeu, por isso as iniciais cunhadas na cabeceira. H. não se importava com a origem da cama, apenas com a serventia. Trocava os lençóis de cetim todas as quintas-feiras, lençóis que também eram marcados pelas unhas dos gatos. Mas H. só gostava de cetim. O armário de H. mais parecia uma cristaleira, deixando os velhos vestidos, que também pertenceram à sua mãe, à mostra pelos vidros. As cortinas eram de gaze de linho e, por vezes cediam aos raios de luz. No criado mudo, o velho retrato de sua feliz família. Sua mãe, fingindo um sorriso; seu pai, com um ar áspero e bem alinhado; e o bebê H., no colo da mãe, que não tecia expressão alguma. Era ali, no quarto obscuro, que H., vez ou outra, molhava com suas lágrimas o travesseiro – e jurava ser feliz.
O apartamento de H. cheirava a ácaro, caixa de areia e solidão. O sol batia apenas duas horas por dia. As portas rangiam de velhas, a torneira da cozinha pingava impacientemente, a velha geladeira ecoava seu som pelos cômodos. Poderia ser cenário de uma tragédia. Mas H. não nega que sua vida seja uma.

quantos anos cabem em 365 dias?

e foi caverna e foi luz e foi luto e foi luta e foi corpo velado e foi sorriso velado e foi vela no bolo e outra no caixão e mais uma, e mai...