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#85: para que o descanso?
dignifique-se
e enobreça-se
um dia, quem
sabe.
#86: absorta
envolvida
em problemas
não-meus
e acabo
que perco
as
horas-minhas.
#87: já não sei se hoje
já não sei se
quando
quanto
como
só sei que
nada sei
sobre o
saber do que há de ser.
#88: complexa,
desconexa
questão
absoluta desordem
querer achar
lógica é viagem inútil.
#89: palpito o sangue nas veias das têmporas saltam
violentas ranjo os dentes e agonizo não sei se ansiedade generalizada seja a
palavra.
#90: vejo respiros alheios
alívios
alheios
retraio meus
pulmões.
tão fracos, tão
dessincronizados com o coração que também o alimenta.
segura esse ar
que é de todos.
#91: um componente anestésico se mistura com o sangue
exango rubro
e suor.
a liberdade
tem desses custos, a máquina do corpo precisa se calibrar.
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